Opel Mokka-e Ultimate vs Mazda MX-30 e-Skyactiv Excellence
Predadores da selva urbana
De imagem marcante e motorizações 100% eletrificadas, estes dois SUV têm total foco cosmopolita. Não lhes peçam muitos quilómetros em viagem; aproveite-se, sim, as tecnologias, os equipamentos e a vivacidade dinâmica dos motores elétricos.
Dois modelos de raízes citadinas, originais e coloridos, que não dispensam o formato SUV e que ficam bem nas fotos do mural do Instagram! Some-se a faceta de sustentabilidade garantida pelas motorizações elétricas, e eis um par de veículos em pleno estado de graça, centrados com as atuais tendências e apontados aos benefícios fiscais para empresas.
Opel de nova geração
Relativamente ao Mazda (que se fica por modos de regeneração selecionados nas patilhas no volante), o Opel propõe sistema de modos de condução e transmissão com função regenerativa ‘B’ que permite adaptar a entrega do motor e melhor gerir a autonomia. Tudo muito bem explanado nos dois monitores digitais (instrumentação e multimédia) em diversos menus e informações alusivas ao sistema elétrico, não só de grafismos atraentes, como de navegação simplificada – apenas o software tem alguns momentos de atraso na resposta. Aliás, todo o ambiente interior do Opel é marcado por conceção vanguardista, e ligada ao condutor, inclusive na inclinação da consola central, para a esquerda, melhor envolvendo o posto de comando. Entre tanta digitalização, de louvar a manutenção de comandos físicos para a climatização.
Esta versão topo de gama, Ultimate, tem visual e ambiente reforçado pelos revestimentos em Alcantara e pele nos bancos e portas e painéis interiores em piano black. Mesmo sendo mais pequeno por fora, as cotas habitáveis do Mokka equivalem-se às das do Mazda (o Opel tem apenas um pouco menos de espaço em largura, à frente, e reduzido ângulo de abertura das pequenas portas traseiras), perdendo também no volume da bagageira – não obstante permitir a organização do espaço em dois planos de carga.
A diferença está nas portas!
Mais confortável, com direção mais coesa e superior sensação de robustez nas ligações ao solo – não obstante o peso final mais alto justificado pelos reforços estruturais que minimizam a ausência de pilar ‘B’ central – o Mazda dá também mostras de mais cuidados nos acabamentos e na montagem. Mas a ergonomia e algumas funcionalidades do interior pecam por falhas motivadas por soluções pretensamente... diferenciadoras. É o caso da dificuldade em percecionar a informação no monitor inferior da consola central, touchscreen de 7’’ dedicado à climatização (iluminação fraca e muitos reflexos); da ausência de locais de arrumo à mão, uma vez que o mais amplo fica sob a consola central flutuante, resultando pouco prático e de acesso dificultado; ou ainda no manuseamento da alavanca da caixa de velocidades, que obriga a um movimento lateral e pouco natural.
O painel de instrumentos, mais analógico que digital, é menos vanguardista, e dedica pouco destaque à informação sobre a autonomia. Bem melhor é a qualidade gráfica do head up display (de série) e do monitor do sistema multimédia (8,8’’, não sendo tátil), comandado unicamente via botão rotativo na consola central. Excelente é também a definição da projeção da câmara de ajuda ao estacionamento.
Recheadas de equipamentos, estas versões não dispensam extenso rol de ajudas à condução. Enquanto veículos elétricos, o Opel Mokka-e proporciona carregamentos mais rápidos, até 100 kW – o Mazda fica-se pelos 50.
Face à peculiar carroçaria do Mazda MX-30 (tem o seu encanto, marcando pontos pela diferença), o Opel Mokka resulta bem mais funcional. E ainda soma a versatilidade de percorrer mais quilómetros com uma carga de bateria. São dois SUV com pleno foco nas cidades, com o Mazda a surgir mais confortável, refinado e melhor acabado. O Opel apresenta interior mais vanguardista e digitalizado, sendo o melhor e mais completo enquanto veículo 100% elétrico.
Ficha técnica
Características |
OPEL Mokka-e Ultimate |
MAZDA MX-30 e-Skyactiv Excellence |
---|---|---|
MOTOR | ||
Tipo | Elétrico, síncrono | Elétrico, síncrono |
Potência | 136 cv | 145 cv |
Binário | 260 Nm | 271 Nm |
Bateria | Iões de lítio | Iões de lítio |
Capacidade útil | 46 kWh | 35,5 kWh |
Tempo de carga (0-80%) | - | - |
TRANSMISSÃO | ||
Tração | Dianteira | Dianteira |
Caixa de velocidades | Automática de 1 vel. | Automática de 1 vel. |
CHASSIS | ||
Suspensão F | Ind. McPherson | Ind. McPherson |
Suspensão T | Eixo de torção | Eixo de torção |
Travões F/T | Discos ventilados/Discos | Discos ventilados/Discos |
Direção/Diâmetro de viragem | Elétrica/11,1 m | Elétrica/11,4 m |
DIMENSÕES E CAPACIDADES | ||
Compr./Largura/Altura | 4,151/1,791/1,534 m | 4,395/1,795/1,555 m |
Distância entre eixos | 2,561 m | 2,655 m |
Mala | 310-1060 litros | 366-1171 litros |
Depósito de combustível | - | - |
Pneus F | 7jx18-215/55 R18 | 7jx18-215/55 R18 |
Pneus T | 7jx18-215/55 R18 | 7jx18-215/55 R18 |
Peso | 1598 kg | 1720 kg |
Relação peso/potência | 11,75 kg/cv | 11,8 kg/cv |
PRESTAÇÕES E CONSUMOS OFICIAIS | ||
Vel. máxima | 150 km/h | 140 km/h |
Acel. 0-100 km/h | 9 s | 9,7 s |
Consumo médio | 17,7 kWh/100 km | 19 kWh/100 km |
Autonomia | 319 | 200 |
GARANTIAS/MANUTENÇÃO | ||
Mecânica | 2 anos sem limite de km | 3 anos/100.000 km |
Pintura/Corrosão | 3/12 anos | 3/12 anos |
Bateria | - | - |
Imposto de circulação (IUC) | 0 € | 0 € |